Terror nos shoppings: Varejistas se afundam em crise e acabam de fechar 127 lojas de uma vez no Brasil

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.

02/10/2023 11h26

4 min de leitura

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Varejistas estão promovendo fechamento em massa nos principais shoppings (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco)

Varejistas enfrentam cenário cada vez mais crítico e uma onda de fechamentos estão dominando os shoppings brasileiros

Que o “mar não está pra peixe” para muitas empresas já não é novidade! Desde que o rombo de bilhões da Lojas Americanas veio à tona, milhares de varejistas estão na corda bamba, fazendo o que podem para sobreviver mas, infelizmente, nem todas conseguem.

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Diante dessa crise, alguns fechamentos estão sendo promovidos, em todo território nacional, e nos principais shoppings do país.

*Para saber mais sobre essa situação, clique aqui*

De acordo com o portal InfoMoney, a equipe de analistas do Bank of America (BofA) notou que só o mês de agosto foi marcado pela debandada de varejistas das principais redes de shopping centers do país.

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O mês foi marcado pelo fechamento de 127 lojas, de uma só vez, ofuscando as 82 inaugurações que rolaram em julho. Das varejistas que lideraram os fechamentos, a maior parte faz parte de companhias que lutam para reorganizar as contas em meio a altos endividamentos.

Fechamento em massa

Ainda de acordo com o portal, o terceiro trimestre ficou com um saldo de 45 lojas baixando as portas até aqui, porém, vale destacar, que os dados de setembro ainda não estão disponíveis.

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O levantamento do BofA tem dados líquidos, isto é, representam o saldo de aberturas e fechamentos de lojas no período. A pesquisa abrangeu 146 shoppings, com cerca de 28 mil lojas ao todo.

A Polishop, por exemplo, foi a empresa que mais fechou lojas em agosto, sendo um total de 9.

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Vale destacar que a Polishop está passando por um processo de  reestruturação dos negócios após os baques da pandemia, que derrubaram as vendas, culminaram em atrasos nos pagamentos de aluguéis e detonaram processos de despejos*.

No ano todo até agosto, a Polishop fechou 22 unidades em shoppings, segundo relatório do BofA.

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*Para saber mais sobre a Polishop, clique aqui

Em segundo lugar na lista ficaram Triton, Puket, Ponto e Imaginarium, com encerramento de cinco lojas cada, em um sinal de dificuldades de varejistas dos setores de roupas e eletroeletrônicos. Vale notar que a Puket e a Ponto não haviam cortado unidades ao longo deste ano até agosto.

Vale destacar que a  Imaginarium e a Puket são parte da Uni.co, que pertence à Lojas Americanas, em recuperação judicial.

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Essa unidade de negócios, aliás, é parte dos ativos que a varejista deve vender para tentar reequilibrar as contas.

A companhia está sob investigação para encontrar os responsáveis por uma fraude que inflou os resultados da companhia em cerca de R$ 25 bilhões, como mencionamos no inicio deste texto

O Ponto (ex-Ponto Frio, do Grupo Casas Bahia), por sua vez, faz parte de uma empresa em processo de reorganização, que anunciou que deve fechar de 50 a 100 lojas.

O presidente do Grupo Casas Bahia, Renato Franklin, disse estar focado em melhorar os indicadores financeiros da empresa e, para isso, fechar lojas deficitárias é um caminho. Só com o fechamento de lojas, a empresa pretende liberar R$ 1 bilhão em estoques.

A empresa lida com as consequências de ter buscado crescimento digital e em novas frentes de negócio quando os juros estavam em 2%. Agora, com a Selic alta e o bolso do consumidor comprometido, a companhia se vê com vendas fracas e dívida alta.

Para saber da situação do Ponto, clique aqui*

Quais outras varejistas estão atravessando esse “mar crítico”?

Outras empresas também ficam mais para o topo da lista de fechamentos se analisado o ano inteiro, de janeiro a agosto:

  • Tok&Stok 
  • Ri Happy 
  • Marisa 

Vale dizer que elas também estão em períodos de reestruturação e renegociação de passivos. A Marisa já fechou mais 80 lojas, enquanto a Ri Happy conseguiu, recentemente, renegociar seu passivo.

Já a Tok&Stok recebeu novo aporte do fundo Carlyle e refinanciou seu passivo, além de estar em conversas com a Mobly para uma possível operação de fusão e aquisição.

A pesquisa do BofA tem um recorte com empreendimentos das nove maiores empresas do setor de shoppings:

  • Multiplan
  • Iguatemi
  • Allos (novo nome da Aliansce Sonae, após a fusão com a BrMalls)
  • Ancar Ivanhoe
  • Almeida Junior
  • Gazit
  • JHSF
  • JCPM 
  • Syn

 

Segundo o relatório, Aliansce e BrMalls lideraram os fechamentos em agosto, com 85 e 45, respectivamente. Portanto, o novo grupo que deu origem à Allos contabilizou a saída de 130 lojistas, figurando como o principal ponto da evasão no setor no mês.

Os shoppings do grupo no Rio de Janeiro – Bangu, Carioca, Caxias e Grande Rio – foram os que mais tiveram saídas.

Na avaliação dos analistas que assinam o relatório do BofA, Carlos Peyrelongue e Aline Caldeira, essa situação da Allos está em conformidade com a estratégia do grupo de trocar varejistas e buscar sinergias com outras redes.

O objetivo seria aumentar a ocupação e os aluguéis no futuro, no entanto, os analistas ponderaram que é preciso monitorar se a estratégia vai dar certo.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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