Venda ao Bradesco, fusão e adeus: 3 sentenças para o fim de banco nº1 de Salvador, Bahia

O adeus de um dos bancos mais tradicionais de Salvador foi marcado pela venda ao Bradesco, fusão e a despedida de milhares de clientes

03/06/2025 10h16

4 min de leitura

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Banco tradicional da Bahia teve fim marcado por três sentenças (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Canva)

O adeus de um dos bancos mais tradicionais de Salvador foi marcado pela venda ao Bradesco, fusão e a despedida de milhares de clientes

O fim de um dos bancos mais tradicionais e importantes de Salvador, BA, foi selado por três sentenças decisivas:

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  • A fusão com o Bahia Investimentos;
  • A venda ao Bradesco;
  • Adeus de milhares de clientes.

Trata-se do Banco da Bahia, fundado em 1858 e, conforme citado acima, com sede em Salvador.

Voltado inicialmente ao crédito agrícola, destacou-se rapidamente por seu papel no financiamento da economia local.

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A partir de informações do Portal Wiki, a equipe especializada em economia do TV Foco mergulha novamente nessa história, a qual marcou milhares de correntistas baianos, sobretudo, soteropolitanos.

Uma gestão diferenciada:

Um ano após sua criação, o banco passou a emitir papel-moeda, atividade que desempenhou por mais de três décadas — o que o colocou entre as instituições financeiras mais relevantes do Império do Brasil.

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Em 1942, o banqueiro e político Clemente Mariani assumiu a presidência do Banco da Bahia.

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Banco da Bahia (Foto: Reprodução / Wikipédia)

Sob sua liderança, a instituição reforçou sua posição como banco comercial sólido e ampliou sua atuação.

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Inclusive, a gestão Mariani marcou uma fase diferenciada de fortalecimento e modernização interna, preparando a base para novos investimentos e expansão de operações.

A criação do braço de investimentos:

  • Em 1967, foi criado o Banco da Bahia Investimentos S.A., com foco em operações de mercado de capitais, crédito corporativo e estruturação financeira.
  • A criação da nova instituição foi parte de uma estratégia de diversificação e posicionamento do banco no cenário de investimentos.

O que o aproximou das tendências de modernização financeira da época.

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Venda de operações ao Bradesco:

Mas, durante a década de 70, o Banco da Bahia enfrentou uma intensa e prolongada disputa de mercado com o Banco Econômico, outra instituição tradicional da Bahia.

A competição entre ambos, embora tenha impulsionado avanços tecnológicos e expansão de serviços, causou pressões financeiras severas.

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O desgaste levou o Banco da Bahia a se desfazer de sua frente de varejo — operações que acabaram absorvidas pelo Bradesco.

Para quem não sabe, frente de varejo é o sistema de ponto de venda que atua diretamente no processo de transação com o cliente

Essa venda marcou o início do desmonte de sua estrutura original.

Bradesco - Foto: Internet
Banco Bradesco comprou as operações da frente de varejo do Banco da Bahia (Foto Reprodução/Internet)

Fusão e formação do Banco BBM

Em 1998, ocorreu a fusão entre o Banco da Bahia e o Banco da Bahia Investimentos.

A operação criou uma nova entidade: o Banco BBM S.A., que passou a atuar como instituição financeira múltipla, com foco em clientes institucionais, mercado de capitais e gestão de recursos.

Ou seja, essa reconfiguração sinalizou de vez a saída definitiva do banco do varejo e seu reposicionamento no setor financeiro nacional.

Quando o Banco da Bahia se despediu de forma definitiva?

Em 2015, o Bank of Communications, um dos maiores bancos da China, comprou o Banco BBM.

A operação transferiu o controle acionário majoritário para o capital estrangeiro e foi concluída em 2016.

Bank of Communications, um dos maiores bancos da China, comprou o Banco BBM.
Bank of Communications da China comprou o Banco BBM (Foto Reprodução/Internet)

Assim, a instituição passou a operar, a partir de 2018, sob o nome de Banco BOCOM BBM S.A., consolidando sua mudança de perfil e sua integração ao mercado financeiro global.

Marcando o adeus não apenas em Salvador, mas no Brasil.

Até o momento, não há registros públicos relevantes de declarações formais de ex-executivos, autoridades do setor ou representantes do governo da Bahia sobre o processo de fusão e venda do Banco da Bahia.

Conclusão

Em suma, a trajetória do Banco da Bahia, iniciada em 1858, percorreu mais de um século de mudanças econômicas no Brasil.

Seu fim, selado pela fusão com seu braço de investimentos e pela venda ao Bradesco e, depois, ao capital chinês.

O que simbolizou não apenas o encerramento de um ciclo histórico, mas também a transição de um modelo bancário tradicional para um sistema financeiro:

  • Mais concentrado;
  • Globalizado;
  • Voltado a grandes grupos econômicos.

No entanto, a história do banco permanece viva na memória institucional da Bahia — como símbolo de uma era de protagonismo regional no setor financeiro. Mas, para saber mais sobre outros bancos e histórias como essa, clique aqui*.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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