
Beatriz Segall na série “Lara com Z”, em 2011
(Foto: Globo/Alex Carvalho)
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Conhecida por interpretar Odete Roitmann, grande vilã de “Vale Tudo” novela de Gilberto Braga exibida em 1988, Beatriz Segall diz que ganhava pouco na época – se comparada com outras colegas que faziam protagonistas -, e ainda revela que sofria implicância e perseguição.
Uma questão inevitável, para quem se aproxima dela, é investigar até que ponto Beatriz e Odete são a mesma pessoa. A atriz não consegue disfarçar o desconforto quando se faz a associação entre ela e a personagem. “Sempre enfrentei no teatro e na TV uma implicância muito grande porque achavam que eu era rica, não precisava trabalhar, estava ali tirando o lugar de outros atores. Isso é um absurdo, porque você não trabalha apenas porque precisa, é um direito previsto na Constituição”. Foi muito traumático, diz ela, “horrível, horroroso”. “Havia uma verdadeira perseguição”, disse em entrevista a revista Joyce Pascowitch.
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Com 60 anos de carreira, Beatriz Segall tem uma trajetória profissional composta por muitos sucessos, mas a atriz pagou o preço de ser uma das vilãs mais lembradas da teledramaturgia brasileira. “Você sabia que naquela época houve um movimento entre os atores para aumentar o salário de quem fazia papel de mau? Argumentava-se que eles não eram chamados para fazer comercial. Comercial dava muito dinheiro”. Imagina-se que uma atriz principal da novela que detinha 80% da audiência no horário nobre, como Beatriz, recebia um bom salário, mas não era bem assim. “Quando fiz ‘Vale Tudo’, ganhava muito pouco, R$ 40 mil, enquanto as outras [protagonistas] recebiam R$ 80 mil”, revela a artista.
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