
Abertura do Jornal Nacional no último sábado (23). (Foto: Reprodução/TV Globo)
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Todos os dias, funcionários da Globo são convocados para se passarem por jornalistas no estúdio onde acontece o “Jornal Nacional”, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Eles aparecem por pouco tempo, em média cinco segundos, quando acontece a abertura do telejornal mais visto do país. São em sua maioria técnico de som, editores de imagem e infografista. Estão ali somente para preencher os lugares vazios na visão do telespectador.
Mas não é sempre que a encenação convence o olhar do público, principalmente os mais atentos. Na terça-feira (19), alguns estavam de frente para seus respectivos computadores, porém os mesmos sequer estavam logados (o que mostra na imagem a tela azul de logon). Foram notados pelo menos seis terminais na mesma situação.
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Sobrou até para o Mariano Boni, diretor-executivo de jornalismo, terceiro nome na hierarquia do setor da Globo, que colaborou com a figuração. Ele aparece sentado ocupando uma cadeira que não é dele falando ao telefone. Feita uma análise nos últimos três meses, foi mostrada que algumas pessoas estão sempre nos mesmos lugares, o que indica, segundo o jornalista Daniel Castro, que elas de fato trabalham ali e que as demais são sempre “visitantes” e por isso variam muito, aparecendo um ou outro em um dia e os mesmos sumindo pelo resto da semana.
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Diretor-executivo de jornalismo da Globo, Mariano Boni (seta) faz figuração no JN de terça (19). (Foto: Reprodução/TV Globo)
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Essa figuração acontece apenas na escalada, como é chamada a parte do telejornal em que são apresentadas as manchetes do dia. Após Bonner e Renata Vasconcellos anunciarem as principais chamadas da edição e começar a tocar o tema do “JN”, uma câmera percorre boa parte da nova Redação do jornalismo no Rio, mostrando jornalistas, ou não, trabalhando. Acontece que no horário em que é gravada a escalada, minutos antes do telejornal ir ao ar, muitos funcionários já não se encontram mais na redação, principalmente nas mesas que a câmera mostra em primeiro plano.
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O problema só foi notado após a inauguração da nova Redação no dia 19 de junho, o que virou incômodo para os chefes da Globo. Na tentativa de uma solução definitiva para o problema, os jornalistas do próprio “Jornal Nacional”, que ficam atrás da câmera da escalada, foram deslocados para a área visível pelo telespectador. Procurada, a Globo disse apenas que as informações “não procedem”, mas não explicou os computadores com as telas azuis (quando o usuário não está logado) e o que Mariano Boni fazia na área coberta pela grua na terça-feira passada.
