Casal Nardoni, Matsunaga e Cravinhos: Criminosos ganharam dinheiro com Tremembé?

Será que os reais criminosos receberam dinheiro pela produção do Prime Video? Veja o que a lei brasileira diz sobre o lucro nesses casos.
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Descubra se os assassinos retratados na série Tremembé receberam algo pela produção (Foto Reprodução/Montagem/TV Foco/Lennita/Prime Amazon/YouTube/Investigação Criminal/Imagens transmitidas pela TV Globo/GMN/ Fundo-Real Rádio/)

Descubra se os assassinos retratados na série Tremembé receberam algo pela produção (Foto Reprodução/Montagem/TV Foco/Lennita/Prime Amazon/YouTube/Investigação Criminal/Imagens transmitidas pela TV Globo/GMN/ Fundo-Real Rádio/)

Descubra se os piores assassinos retratados na série “Tremembé” ganharam algo com a produção e o que diz a lei

A cada novo lançamento de documentários true crime, um debate moral se acende: Será que os autores dos crimes mais hediondos do Brasil estão lucrando com a exploração de suas próprias histórias?

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A última coqueluche do momento é a série Tremembé, da Prime Video, a qual colocou a Penitenciária Dr. José Augusto Salgado, sob o julgamento público, trazendo à tona, novamente, o possível espectro do dinheiro nas mãos de condenados como o Casal Nardoni, Elize Matsunaga, Suzane Richthofen e os Irmãos Cravinhos.

É certo que uma simples sugestão de que os assassinos possam financiar suas vidas atrás das grades ou ganhar sua liberdade futura com “royalties do sangue” representa um ultraje à memória das vítimas.

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No entanto, conforme publicado no portal Exame, não é bem assim que as coisas ocorreram…

O que realmente aconteceu?

De acordo com o especialista em propriedade intelectual Fernando Canutto, que explicou o caso à EXAME, os criminosos retratados na série Tremembé do Prime Video não foram compensados financeiramente simplesmente por serem os protagonistas das histórias na vida real.

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Por que a lei não garante o lucro dos criminosos?

A ausência de pagamento aos condenados reside em dois pilares legais que blindam a produção:

Em que cenário esse pagamento seria possível?

A situação mudaria apenas se houvesse uma negociação de entrevista exclusiva com algum dos presos.

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Trocando em miúdos, a legislação brasileira não impede a produção de uma série documental com fins jornalísticos sobre crimes e, na prática, o lucro da série e de produções similares concentra-se principalmente nas produtoras, roteiristas, editoras e plataformas de streaming, e não nos criminosos condenados.

Por onde anda o casal Nardoni, Suzane e Elize Matsunaga?

Enquanto o debate sobre os lucros do true crime continua, os notórios criminosos de Tremembé tentam uma reintegração cercada de tensão e escrutínio público.

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Veja abaixo a situação de cada um deles:

(Opinião) Mas Tremembé romantiza crimes?

Mas, por mais espinhosa que seja e ao contrário do que muitos acreditam, existe um senso comum de que a série não romantiza criminosos nem os transforma em subcelebridades, e sim traz à luz de que eles não são monstros, afinal de contas, monstros não existem.

Mais que isso, a série os humaniza como um aviso de que, infelizmente, é preciso estar em alerta constante, uma vez que qualquer semelhante pode cometer as piores atrocidades.

Ou seja, a série cumpre a função de discutir o sistema prisional e a mente criminosa.

Ela não busca redenção ou justificativa para os algozes; pelo contrário, usa os casos notórios para debater a:

Ou seja, a narrativa não explora o sofrimento das vítimas para obter audiência fácil. Em vez disso, usa o terror gerado por estes indivíduos para analisar como a sociedade reage e permite o ciclo da notoriedade.

Além disso, a série coloca o dilema ético do true crime no centro da conversa, forçando o espectador a questionar se o produto cultural deve ou não deve existir, e não simplesmente a consumir a dor alheia.

E você já assistiu à série? Deixe aqui nos comentários o que achou da produção. Mas se quiser saber mais sobre a série Tremembé, clique aqui*.

Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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